
1h6153
Um alerta de novidade dispara na redação do jornal O Mamoré, na cidade de Guajará-Mirim (RO), cada vez que é publicado um material jornalístico da Agência Brasil, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 2qh4k
Brasília, sede principal da agência, fica a cerca de 2,8 mil quilômetros por estrada da cidade rondoniense. Graças à Agência Brasil, que é pública e, por isso, fornece conteúdos jornalísticos gratuitos para todos os veículos de comunicação, o que parecia tão distante a a ficar pertinho.
Tornar o público mais próximo e colaborar com a integração do país por intermédio do jornalismo são práticas diárias da Agência Brasil, que completa, nesta segunda-feira (10), 31 anos de história. O veículo vive um momento especial. Alcançou a marca de 94,8 milhões de usuários no ano ado e mantém o ritmo crescente de o. Neste ano, já está perto de 31 milhões de usuários.
Outro dado mensurável é que, somente em 2021, os materiais da agência tiveram cerca de 40 milhões de repostagens (novas publicações) por veículos e usuários, das maiores às menores cidades.
O coordenador de Projetos Multiplataformas da EBC, Luis Flavio Rocha, explica que uma ferramenta de medição de audiência desenvolvida na empresa (ABTracker) permitiu descobrir que o volume de os das notícias da Agência Brasil que são utilizadas em outros veículos é próximo ao volume de os no site do veículo.
“Isso significa que a audiência é praticamente o dobro da que se achava que a agência tinha”, afirma o coordenador. Essa medição foi possível a partir da utilização de técnicas e algoritmos que permitem ter a informação de quais matérias são da Agência Brasil e o volume de o que esse conteúdo acumulou.
Do centro às fronteiras do país, o que significa ocupação estratégica com informações para populações inteiras que não seriam atendidas por grandes mídias comerciais. Essa garantia de inclusão e de cidadania é considerada de valor imensurável por quem estuda a comunicação pública.
» Leia reportagem produzida no aniversário de 30 anos da ABr
» Entenda mais sobre comunicação pública e o papel da EBC
Para a jornalista e pesquisadora em comunicação Claudia Lemos, presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABública), como outros direitos, a garantia da informação é fundamental para a cidadania, para ter o aos serviços prestados pelo Estado e para a efetiva participação nas discussões. “Por isso, a Agência Brasil tem o papel importante de oferecer informação jornalística que pode ser consultada diretamente pelo cidadão ou utilizada gratuitamente por veículos de comunicação no país inteiro, que de outro modo talvez não tivessem o a ela”, afirma.
No caso do jornal O Mamoré, a diretora Minerva Soto explica que a utilização das reportagens da Agência Brasil não leva apenas em conta o volume de conteúdos diários fornecidos. “Temos extrema confiança em tudo o que é produzido pela Agência Brasil. Cada vez que verificamos que há uma publicação nova, sabemos que é de alta qualidade. Pelo que percebemos, a Agência Brasil investe em um jornalismo de soluções e não apenas apresentação de problemas”, afirma.
Fazem parte do público de O Mamoré comunidades que vivem em regiões ribeirinhas daquela cidade que, principalmente após o início da pandemia, aram a buscar mais informações, segundo a diretora do veículo. “A gente se entende como um elo entre as notícias nacionais feitas pela Agência Brasil e os públicos locais que precisam das informações do país inteiro”. Os locais interessados pelo que se a no país incluem até os estrangeiros. Na fronteira, está a cidade “irmã” boliviana de Guayaramerín. Para Minerva Soto, informação significa autonomia e também segurança.
As notícias que chegam da Agência Brasil ajudam a compor para os moradores das fronteiras, inclusive, uma visão mais ampla que complementa as notícias apenas locais. Ainda na Região Norte, o site Notícias da Fronteira, em Brasileia (AC), utiliza diariamente as notícias da Agência Brasil. A transmissão das informações, segundo o responsável pelo site, o jornalista Almir Andrade, significa proteção das identidades nacional e local. Ele mantém, além de reportagens em texto, programa de TV e rádio na web. Andrade considera que os conteúdos da Agência Brasil são fundamentais para a viabilização de tudo o que ele produz. “Informações, texto, foto…para mim, tudo é muito importante para levar aqui ao nosso público”. Brasileia faz fronteira com a cidade boliviana de Cobija.
No Amazonas, o jornalista Nailson Tenazor, no site Jambo Verde, em Atalaia (AM), considera que a Agência Brasil e a Radioagência Nacional são parceiros no olhar para a região no Alto Solimões. A EBC tem estrutura e profissionais em Tabatinga, município vizinho de Atalaia, e também de Letícia (Colômbia). Tenazor diz que as informações em qualidade na região são fundamentais e significam inclusão para as regiões em que ele cobre. Um lugar em que o tempo de trajeto não é contado por minutos na estrada, mas por horas ou dias de barco.
Proteção contra falsas notícias 19545f
No Amapá, o Jornal do Dia, que é o primeiro veículo diário do Estado (de 1987), utiliza diariamente os materiais da Agência Brasil. “A agência é um veículo que contribui para transmitir notícias ao público amapaense de forma fidedigna, em um cenário atual em que as notícias falsas estão cada vez maiores”, diz o editor Luciano Pereira.
A proteção via informação de qualidade é um foco de atenção destacado pela diretora do Diário Corumbaense, Rosana Nunes. “A Agência Brasil presta um serviço muito importante e gratuito com fontes confiáveis para a nossa região. Aqui em Corumbá temos o único hospital público da região e que acaba recebendo também estrangeiros e que também precisam receber informações do que ocorre no Brasil”. A cidade de Corumbá (MS) tem fronteira seca com a cidade de Porto Quijarro, na Bolívia.
No Sul do Brasil, o jornal A Plateia, da cidade de Santana do Livramento (RS), tem 84 anos de fundação, e também utiliza conteúdos da Agência Brasil diariamente. Além das notícias nacionais na íntegra republicadas, o veículo traz as pautas da agência como conteúdo complementar ao que é feito em âmbito local. “Notícias dos três poderes que trazemos da Agência Brasil ajudam a compor o conteúdo e repercutir em nosso contexto”, afirma o editor-chefe do veículo, Rodrigo Evaldt.
Das fronteiras aos grandes centros 4t6b46
Além dos sites e jornais pequenos, a Agência Brasil é fonte de referência e confiança para grandes veículos de comunicação do país. Muitos am e republicam, gratuitamente, o conteúdo produzido pela agência. Matérias de interesse público, como o pagamento do auxílio emergencial e o Imposto de Renda frequentemente levam o selo Agência Brasil.
1h6153
Satisfação na Agência 6x3959
O jornalista Kleber Sampaio, que atua no cenário de comunicação pública desde 1974 (na Agência Nacional), é satisfeito pelas repercussões das reportagens da Agência Brasil. “Chegamos com nossas matérias no país inteiro”, afirma. Ele trabalhou na EBN, antiga agência de notícias, que ganhou o nome de Radiobrás, e acompanhou a transformação da estatal em EBC.
Sampaio testemunhou, ao longo de sua carreira, reconhecimento por parte de colegas jornalistas e também do público pelo serviço prestado pela agência. Nessa jornada, histórias memoráveis. “A cobertura que eu jamais esquecerei foi do sepultamento do ex-presidente Juscelino Kubitschek. O Brasil e Brasília pararam. Lembro bem que tinham umas 500 mil pessoas acompanhando o cortejo”, recorda. Kleber Sampaio, hoje, atua como editor da Agência Brasil.
Contemporâneo de Sampaio, o jornalista Luiz Fernando Fraga atua há 40 anos pela comunicação pública e também desempenhou diferentes atividades. “Essa empresa faz parte da minha vida”, diz o profissional. Fazem parte da vida deles a pressa e a precisão, da pauta à edição final. Não há tempo a perder. Eles precisam publicar. Alguém do outro lado está à espera de um alerta: lá vem uma nova notícia da Agência Brasil.
Edição: Alessandra Esteves