
Chamada de cateterismo cerebral, técnica capaz de reduzir sequelas já foi aprovada pela Anvisa. 504t1w
Por Jornal da EPTV 2ª edição 1h1s5u

Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto implantam técnica que reduz sequelas do AVC 4b6c4g
   Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (SP) estão utilizando uma técnica capaz de reduzir quase que totalmente as sequelas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), como a paralisia facial e a perda de alguns movimentos.
        Popularmente chamado de cateterismo cerebral, o tratamento consiste em desentupir as artérias grandes do cérebro até 24 horas após os primeiros sintomas. O método já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
        “Com o tratamento endovascular, à s vezes, a gente vê respostas dramáticas. Pacientes que ficariam sequelados pelo resto da vida voltam a andar com esse tratamento. Então, é uma alternativa terapêutica muito interessanteâ€, diz o neurologista Octávio Pontes Neto.
        Ele explica que a técnica consiste em introduzir um microcateter em uma artéria na perna do paciente e avançar até a área entupida do cérebro, onde o coágulo que impede a agem do sangue é aspirado ou retirado com um stent, dispositivo usado para desobstruir os vasos.
Cateterismo cerebral em vÃtimas de AVC está sendo realizado no Hospital das ClÃnicas de Ribeirão Preto (Foto: Cláudio Oliveira/EPTV)
        Segundo Pontes Neto, o procedimento pode “limpar†80% dos vasos sanguÃneos afetados e é mais eficaz que o tratamento convencional, com o uso de medicamentos para dissolver os coágulos que se formaram no cérebro e causam o AVC.
          Entretanto, o resultado do tratamento depende da extensão e do tempo em que a lesão ocorreu. O neurologista explica que, quando ocorre um AVC, os neurônios sofrem com falta de oxigênio e morrem em uma taxa de 1,9 milhão por minuto.
     “É como se fosse uma fogueira queimando um canavial e a gente tem que correr, como um bombeiro, tentando apagar o incêndio, tentando abrir a artéria o mais rápido possÃvel para restaurar o fluxo sanguÃneo para o cérebroâ€, diz.
Microcateter é introduzido na artéria cerebral para retirada de coágulo (Foto: Reprodução)
O médico afirma que o sucesso da técnica depende ainda de um bom fluxo colateral, ou seja, que outras artérias estejam levando sangue à área do cérebro afetada pelo AVC. Além disso, é importante que o infarto seja identificado em estágio inicial.
“Não é qualquer paciente com AVC isquêmico, mas aquele que tem oclusão de uma grande artéria do cérebro, em que a gente não consegue desentupir só com remédio na veia. Então, muitas vezes, além de receber o remédio, vai ser submetido a esse cateterismoâ€, completa.
      Pesquisadores da USP usam técnica de cateterismo cerebral para reduzir sequelas em vÃtimas de AVC (Foto: Cláudio Oliveira/EPTV)