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Reincidência de presos que usam tornozeleiras é de 17% em MT 265c5p

Uso crescente do aparelho não tem impedido novos crimes no estado. Presos chegam a usar animais para simular batimento cardíaco. 29513a

 TORNOZELEIRA

Do G1 MT 126d5f

                    O monitoramento de criminosos com tornozeleiras eletrônicas não tem sido suficiente para evitar crimes em Mato Grosso. Nos últimos seis meses, o número de reeducandos usando os aparelhos no estado mais que dobrou, mas não impediu a ocorrência de crimes: segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o número de reincidência entre reeducandos monitorados por tornozeleiras eletrônicas é de 17%, mostrando que falta fiscalização sobre os monitorados que usam o aparelho.

                     No último domingo (30), dois homens que utilizavam tornozeleiras eletrônicas invadiram a casa de um juiz federal em Cuiabá e levaram o carro da família. Um dos bandidos já tinha sete agens pela polícia e o outro saiu da cadeia há cinco dias.

Já em uma quadrilha investigada por roubos de carros em Cuiabá, por exemplo, quatro dos quinze integrantes foram presos enquanto utilizavam a tornozeleira eletrônica. Um deles disse que saía para cometer crimes até mesmo no horário em que a Justiça determinou que ele estivesse em casa. Até hoje ele relatou não ter recebido qualquer advertência.

Outro preso contou que, para burlar o sistema, alguns presidiários amarram o equipamento em animais para simular o batimento cardíaco humano.

Segundo a delegada Núbya dos Reis, da Polícia Civil em Mato Grosso, o uso da tornozeleira eletrônica de fato não tem inibido os crimes e semanalmente a Polícia tem prendido reincidentes com o aparelho.

Em uma sala de monitoramento da Segurança Pública no estado, todos os presos que utilizam o aparelho aparecem listados em uma tela e, ao sinal de qualquer desobediência, um sinal é emitido informando que algo errado está acontecendo. A partir daí a central de monitoramento telefona para o monitorado e, se ele não atender, é preciso esperar 24 horas para enviar uma equipe para checar a situação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Batista Sousa, o tempo para checar as situações com indícios de problemas é muito longo e também falta pessoal para realizar o monitoramento.

Já o Secretário de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso, Marcio Dorilêo, afirma que nenhum lugar do mundo possui um sistema de monitoramento que funcione 100%.