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Quadrilha de milicianos exibia moradores assassinados em rede social, diz polícia; grupo faturava R$ 1 mi/mês 703v6

Aos 16 suspeitos haviam sido presos; Justiça mandou prender 48 pessoas 116sn

Mais de 2.000 munições para fuzil e armas foram aprendidas na operação ArmagedomSeverino Silva/Agência O Dia

                               Ao menos 16 pessoas foram presas, na manhã desta quarta-feira (10), na operação da Polícia Civil intitulada Armagedom, com o objetivo de desarticular uma quadrilha de milicianos que atuava de forma violenta nas comunidades do Fubá, Caixa D´Agua e Campinho, na zona norte do Rio. Segundo as investigações, o grupo faturava em torno de R$ 1 milhão por mês.

De acordo com o delegado titular da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), Alexandre Capote, entre os presos, estão cinco PMs, um ex-PM e um guarda municipal. Desde 2007, o bando atuava de forma violenta, ameaçando os moradores. Muitos eram expulsos de suas casas, torturados e até mesmo mortos por descumprirem as regras impostas pelo grupo.

Fotos das execuções, segundo a polícia, eram postadas no Facebook. A ousadia dos milicianos não parava por aí. Dois adolescentes foram mortos, um deles na frente da mãe, apenas por terem ido a um baile funk em uma comunidade rival.

Ainda de acordo com as investigações, os milicianos controlavam nas comunidades a distribuição de gás de cozinha, o fornecimento de água, o transporte alternativo (vans e mototaxis), cobravam taxas de segurança e distribuição ilícita de sinais de TV. Além disso, havia casas de jogos de azar nas regiões. Dois bingos foram estourados durante a ação desta quarta. Um deles funcionava dentro da associação de moradores da favela do Campinho.

Para reafirmar o poderio nas favelas, os criminosos controlavam ainda a venda de pipa e cerol na comunidade. Não havia interesse financeiro na atividade. Mas foi percebido que funcionava como uma estratégia para que as crianças, desde cedo, soubessem quem mandava na comunidade.

A atuação dos milicianos, segundo o Alexandre Capote, “aniquilava a vontade das pessoas”. Um homem e seus familiares, por exemplo, foram expulsos de uma das comunidades dominadas pelo grupo por manter um relacionamento com uma moradora de favela rival.

Por volta das 15h30, a Polícia Civil divulgou que o chefe da milícia, Tarcísio A. de Moura, conhecido como TC, se entregou, na Cidade da Polícia. Ele assumiu a posse de farto material bélico encontrado em um carro, em sua residência. Mais cedo, a mulher de TC e seu tio haviam sido detidos por estarem no local.

Durante a operação, até por volta das 16h, os policiais haviam apreendido um fuzil, 2.000 munições de calibre , uma granada, três réplicas de fuzil, diversos carregadores, três pistolas, um revólver, três veículos de luxo, coletes a prova de bala, além de anotações e documentos que comprovam a prática da milícia.

A ação, com o objetivo de cumprir 48 mandados de prisão e 123 de busca e apreensão, conta com cerca de 450 policiais da Draco em parceria com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), SSINTE (Subsecretaria de Inteligência) da Secretaria de Segurança, Corregedoria Geral Unificada, Corregedoria da Polícia Militar e Corregedoria da Seap (Secretaria de Estado de istração Penitenciária).

Postada por JL Pindado Verdugo