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Mulher mata estuprador

Vítima pegou a faca do criminoso e o golpeou na cama. Homem filmava os crimes para fazer ameaças.

Milton Sérgio da Silva Ramos, de 42 anos, usou perfil falso no Facebook para atrair a vítima Milton Sérgio da Silva Ramos, de 42 anos, usou perfil falso no Facebook para atrair a vítima

                  O estuprador Milton Sérgio da Silva Ramos, de 42 anos, foi morto ontem, por uma vítima, com três facadas no peito e uma em um braço, dentro da casa em que morava, localizada na agem Belém, no bairro São Francisco, em Marituba. A mulher procurou a seccional do município no início da manhã e contou ao delegado Clóvis de Oliveira que, durante o estupro, pegou a arma do criminoso e golpeou o peito dele, na direção do coração. A polícia avalia que a morte foi resultado de “legítima defesa da honra”. Um inquérito foi instaurado e, depois de ar por exames no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, a mulher foi liberada.

                 A vítima do estupro registrou a ocorrência assim que saiu da casa de Milton e em seguida uma equipe da Polícia Civil foi ao local do crime. No final da manhã, os policiais encontram a porta da casa do criminoso destrancada e o cadáver na sala, sem roupa.

             Horas após o crime, a equipe de policias civis de Marituba descobriu que Milton, que trabalhava como coveiro em um cemitério da cidade, tinha um perfil falso no Facebook e o usou para atrair a vítima com uma promessa de emprego. A mulher foi ao encontro de Milton porque acreditava que ele era funcionário do homem que ela conheceu na internet, o qual prometeu fazer a entrega de uma agem para o Suriname. Na casa de Milton, a mulher foi rendida com uma faca e estuprada. O coveiro filmou toda a ação.

               O delegado Clóvis de Oliveira afirmou que, em dezembro do ano ado, uma mulher registrou um crime com as mesmas características. Neste caso, o homem disse que divulgaria as imagens do estupro se a vítima o denunciasse à polícia. Suspeita-se que outras mulheres tenham desistido de denunciar o estuprador por causa das ameaças.

              Uma equipe de peritos criminais esteve no local do crime e constatou que Milton foi assassinado com três facadas no peito e uma no braço. Um dos golpes atingiu o coração. De acordo com a polícia, a vítima aproveitou um momento de distração e pegou a arma do criminoso. O coveiro foi golpeado na própria cama, durante o estupro e, apesar de ferido, lutou com a mulher, que levou facadas na perna.

             A casa onde o crime ocorreu pertence a um casal de idosos, que mora ao lado. Eles não ouviram gritos ou barulho de briga e se surpreenderam com a chegada da polícia. Manoel e Florença Lobato consideravam o criminoso um amigo, tanto que há dois anos cederam a casa da própria filha para o coveiro morar. “Nós não alugamos, cedemos a casa, porque minha filha foi trabalhar em outra cidade. Eu o tinha como um filho. Em todo esse tempo, não tenho nada para falar dele, foi uma boa companhia e era como uma segurança para nós, que vivemos sozinhos aqui. Um bom homem e trabalhador”, comentou Manoel.