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CRISE NA SAÚDE 734n1e

Vestindo trajes pretos, funcionários protestam contra situação crítica da Santa Casa e outras entidades 73h2m

MARISA NASCIMENTO 

                   As 17 casas de saúde que compõem a rede de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso aderem, nesta quinta (25), a uma paralisação nacional em protesto à condição crítica que as instituições filantrópicas se encontram em todo o país. De acordo com a presidente da Federação que representa as instituições no Estado, Maria Elisabeth Maurer Alves, o Hospital do Câncer, o Hospital Santa Helena, a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Geral, vão paralisar o atendimento eletivo amanhã.

Imagem da Internet


O atendimento eletivo são aqueles que não têm caráter de emergência. O objetivo é de chamar a atenção da sociedade para recursos insuficientes e o crescente endividamento das instituições.

A ação conta com a participação das mais de duas mil instituições do país e foi planejada após a reunião de representantes no último congresso da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), promovido em Brasília no mês de agosto.

                         O ato foi nomeado como “Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos”. Os funcionários das instituições devem vestir trajes na cor preta, representando o luto pelo setor, que acumula uma dívida de mais de R$15 bilhões.

No encontro do mês ado o movimento elaborou uma lista de necessidades que o Ministério da Saúde precisa cumprir, para tirar as instituições filantrópicas da situação crítica atual.

Dentre as condições levantadas, e entregues em documento à Presidente Dilma Rousseff, estão a ampliação do custeio de procedimentos de média e alta complexidade; o pagamento integral de bolsas de residências médicas, hoje sob responsabilidade das instituições; e a criação de linha de recursos de investimentos para tecnologias e adequações físicas.

Maria Maurer, disse ainda ao HiperNotícias que “a paralisação acontece nos mesmos moldes em todo o Brasil. Os atendimentos eletivos foram agendados para os próximos dias úteis e os atendimentos de urgência serão mantidos”.

A médica ainda salientou que “a intenção não é prejudicar a população, nossa principal parceira, mas chamar a atenção para a dívida das instituições filantrópicas e reivindicar pelo aumento da tarifa SUS [Sistema Único de Saúde], para que seja justa”, disse.

As entidades são responsáveis por 81% dos atendimentos de pacientes encaminhados pelo SUS.