
 Operação Spectrum prende “barão das drogas†mais 574q6t
procurado pela PF 3v1qr
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Imagem reprodução PF/ND 106d27
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          A PolÃcia Federal deflagrou no sábado 01/07  a Operação Spectrum para desarticular organização criminosa transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, comandada por Luiz Carlos da Rocha, conhecido por “Cabeça Branca†um dos traficantes mais procurados pela PolÃcia Federal e Interpol na América do Sul, considerado como um dos “barões das drogas†do Brasil ainda em liberdade, com condenações proferidas pela Justiça Federal que somam mais de 50 anos de prisão. 1c3h13
        Cerca de 150 Policiais Federais cumprem 24 mandados judiciais, sendo dois de prisão preventiva, nove de busca e apreensão em imóveis, dez de busca e apreensão de veÃculos e três de conduções coercitivas a serem cumpridos nas cidades de Londrina/PR, Araraquara/SP, Cotia/SP, Embu das Artes/SP, São Paulo/SP e Sorriso/MT. As ordens judiciais foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba/PR.
         O nome da operação, derivado do latim, tem o significado na lÃngua portuguesa como espectro/fantasma, uma referência ao lÃder da organização criminosa (ORCRIM), Luiz Carlos da Rocha, criminoso que vivia discretamente e nas sombras, reconhecido no meio policial pela experiência internacional, transcontinental e com larga rede ilegal de relacionamentos, desviando-se das investidas policiais há quase 30 anos.
         O chefe da organização criminosa, Luiz Carlos da Rocha, foi recentemente localizado pela área de combate ao tráfico de drogas da PolÃcia Federal mesmo com as alterações de suas feições faciais promovidas mediante cirurgias plásticas, a exemplo do que fez outro mega traficante internacional preso pela PolÃcia Federal em 2007, o colombiano Juan Carlos RamÃrez-AbadÃa, vulgo Chupeta.
        Diante da suspeita de identificação de Cabeça Branca, foi acionada área pericial da PolÃcia Federal que, de posse de dados fotográficos com os antigos traços faciais de Luiz Carlos da Rocha e a atual identidade fotográfica de Vitor Luiz de Moraes, concluiu-se que Luiz Carlos da Rocha e Vitor Luiz de Moraes é a mesma pessoa.
         A organização criminosa de tráfico internacional de drogas liderada por Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, possuÃa perfil de extrema periculosidade e violência, sendo desvendada durante as investigações a utilização de escoltas armadas, ações evasivas, carros blindados, ações de contra vigilância a fim de impedir a proximidade policial, porte de armas de grosso calibre, bem como o emprego de ações violentas e atos de intimidação para se manter em atividade por aproximadamente 30 anos no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
       O grupo criminoso capitaneado por Cabeça Branca operava como uma estrutura empresarial, controlando e agindo desde a área de produção em regiões inóspitas e de selva em paÃses como a BolÃvia, Peru e Colômbia, até a logÃstica de transporte, distribuição e manutenção de entrepostos no Paraguai e no Brasil, fixando-se também em áreas estratégicas próximas aos principais portos brasileiros e grandes centros de consumo, dedicando-se à exportação de cocaÃna para Europa e Estados Unidos.
        Também foi apurado que Luiz Carlos da Rocha é um dos principais fornecedores de cocaÃna para facções criminosas paulistas e cariocas. Estima-se que a quadrilha liderada por ele era responsável pela introdução de 5 toneladas de cocaÃna por mês em território nacional com destino final ao exterior e Brasil. Segundo as investigações, a cocaÃna era transportada em aviões de pequeno porte que partiam dos paÃses produtores Colômbia, Peru e BolÃvia, utilizando-se do espaço aéreo venezuelano com destino para fazendas no Brasil, na fronteira entre os estados do Pará e Mato Grosso.
         Depois de descarregada dos aviões do narcotráfico, a cocaÃna era colocada em caminhões e carretas, com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga, cujo destino era o interior do estado de São Paulo para distribuição para facções criminosas paulista e carioca, ou o Porto de Santos/SP, de onde era exportada para Europa ou Estados Unidos.
          Trata-se de mais uma ação da PolÃcia Federal focada na desarticulação estrutural e financeira de organização criminosa de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro responsável por abastecer facções criminosas brasileiras e internacionais. Somente no ano ado a PolÃcia Federal desencadeou 121 operações contra o tráfico de drogas, com o sequestro de R$ 250 milhões em patrimônio ilegal e mais de 41 toneladas de cocaÃna.
        A Operação Spectrum embasou-se em profundas investigações e ações de inteligência que conectaram as atividades ilÃcitas aos reais operadores do tráfico de drogas, bem como estabeleceu as conexões entre o patrimônio sujo da quadrilha e a traficância, encerrando a atual fase com a prisão de um dos maiores traficantes da América do Sul e o mais procurado pela PolÃcia Federal. As ações de hoje desarticulam o núcleo e comando do grupo criminoso, encerrando a continuidade das ações delitivas e estancando o ingresso de vultosas cargas de cocaÃna destinada ao uso no Brasil e no exterior, combustÃvel que impulsiona o crime e violência em todo o mundo.
       O descortinamento e sequestro de patrimônio ilegal também foram objetivos das ações de hoje. Estimativas iniciais indicam que o patrimônio sequestrado somente nesta primeira fase da Operação Spectrum foi de aproximadamente, de US$ 10 milhões, concentrado em fazendas, casas, aeronaves, diversos imóveis e veÃculos de luxo importados.
       A PolÃcia Federal em cooperação internacional com a polÃcia paraguaia receberá apoio para o cumprimento de buscas e apreensões no Paraguai, paÃs onde Luiz Carlos da Rocha é proprietário de diversas fazendas e mantinha parte de suas operações criminosas. Somente na data de hoje, durante a deflagração da operação, foram seqüestrados cerca de US$ 10 milhões em patrimônio.
        Cabe destacar que as investigações apontam que o patrimônio adquirido por Luiz Carlos da Rocha com o tráfico internacional de drogas pode atingir a soma de US$ 100 milhões, consubstanciado em veÃculos e imóveis no Brasil e em outros paÃses (registrados em nome de “laranjasâ€), bem como em contas bancárias em paraÃsos fiscais, elementos que serão objeto da segunda fase da Operação Spectrum.
          Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa, com penas somadas que am de 20 anos de prisão.
Da Assessoria PF