Início COMUNIDADE EM PAUTA Auditorias mostram falhas em hospitais regionais na gestão Mauro Mendes

Auditorias mostram falhas em hospitais regionais na gestão Mauro Mendes 324z18

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Documentos obtidos pelo PNB Online mostram diversas falhas na istração dos hospitais, desde leitos ociosos até mau uso de recursos públicos. 2o7072

Uma série de auditorias realizadas pelo Ministério da Saúde e pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT) mostraram falhas no Hospital Regional de Sorriso, no Hospital Metropolitano em Várzea Grande e no Hospital Regional de Rondonópolis.

Os documentos obtidos pelo PNB Online mostram diversas falhas na istração dos hospitais, que vão desde leitos ociosos, que não estão sendo utilizados, até mau uso de recursos públicos. As auditorias foram realizadas entre 2023 e 2024.

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, enfrenta críticas do setor por conta de problemas istrativos como excesso de contratos temporários e não chamamento de aprovados em concurso público. Atualmente, a Secretaria de Estado de Saúde tem um déficit de cerca de 7 mil servidores.

Figueiredo também vive um momento conturbado na istração da SES em razão de mortes que ocorreram no Hospital Regional de Cáceres. O presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo, engrossou o coro às críticas, cobrando melhorias na unidade de saúde. O principal problema, segundo o presidente da Câmara de Vereador de Cáceres, Flávio Negação (MDB), é a falta de regulação, que teria provocado a morte de duas pessoas nas últimas semanas.

Secom-MT

Hospital Regional de Sorriso 4xt6f

Em Sorriso, uma auditoria da CGE revelou que a subutilização de alguns serviços ofertados, com ociosidade superior a 39% da oferta de consultas especializadas e acima de 50% de exames, agravada pelo absenteísmo de pacientes superior a 14%.

Além disso, identificou a falta de um Plano Regional Integrado (PRI) e, consequentemente, a ausência de Redes de Atenção à Saúde (RAS).

Ainda conforme o relatório, a alta demanda por cirurgias de urgência e emergência no HRS (65% das cirurgias realizadas em 2023) pressiona a capacidade do centro cirúrgico, impactando na elevação da taxa de cancelamento de cirurgias eletivas, que atingiu 34,4%.

A análise também apontou deficiência na gestão orçamentária e financeira do HRS, com gastos 70% acima do previsto para 2023 e falta de um sistema de controle de custos efetivo.

Hospital Metropolitano 1q2v23

Outra auditoria, realizada no Hospital Metropolitano em Várzea Grande, mostrou que a unidade não participa da elaboração do seu próprio orçamento, resultando em deficiência no planejamento de gastos.

Evidenciou também discrepâncias entre a produção real e o faturamento registrado nos sistemas do SUS, juntamente com a ausência de habilitação de alguns serviços, que geraram perda de receita proveniente dos rees do Ministério da Saúde.

Reclamação constante de pacientes, por não atender os várzea-grandenses como deveria, o Hospital Metropolitano também operava abaixo da sua capacidade, com baixa taxa de ocupação em algumas especialidades e ociosidade das salas cirúrgicas, principalmente nos finais de semana, segundo o relatório.

Uma das principais causas encontradas, conforme o relatório de auditoria, está relacionada com os contratos de prestação de serviços médicos, pois esses contratos não possuem incentivos para o aumento da produtividade e qualidade do serviço, resultando em um desalinhamento entre as metas e a produção efetiva

Crédito – Secom-MT

Hospital Regional de Rondonópolis 2d2q68

Em Rondonópolis, uma auditoria do Ministério da Saúde revelou problemas como: ausência de perfil assistencial de acordo com a vocação da unidade, sistema informatizado de gestão hospitalar ineficiente, prestação de serviço médico sem cobertura contratual, deficiência na aquisição e gestão de medicamentos e insumos, serviços hospitalares ofertados que não estão ofertados junto ao Ministério da Saúde, mão de obra sem o adequado perfil de contratação específico.

A auditoria revelou que em 2022 e em 2023 foram pagos diversos serviços por indenização (sem contrato). Haviam pagamentos de R$ 13,5 milhões (serviços médicos) e de R$ 8,7 milhões (serviços de UTI). Sobre os pagamentos, a auditoria observou que a comprovação da prestação dos serviços ainda carece de documentos.

“Embora as empresas tenham apresentado escala de trabalho, as folhas de ponto juntadas não foram preenchidas, apesar de assinadas pelos responsáveis pela gestão”, diz trecho da auditoria.

O que diz a Secretaria de Estado de Saúde  83c6y

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde a Auditoria de nº 24, de 2024, ainda está em andamento

“A pasta ainda informa que acompanhou as demais auditorias e trabalha na implementação das ações para o cumprimento de todas as recomendações”, diz a nota.

Imagem destacada ilustrativ/reprodução