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MAYLA MIRANDA
Assessoria/Setas-MT

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Jana Pessôa/Setas-MT
Aprendendo a Construir inicia qualificação de multiplicadores para mão de obra da construção civil

                            O projeto “Aprendendo a Construir” foi iniciado na manhã da sexta-feira (31.07) na Escola Senai da Construção, em Cuiabá, com uma aula inaugural para a primeira turma do treinamento de multiplicadores. O evento contou com a participação do Serviço nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) e do Sindicato das Indústrias de Construção (Sinduscon), parceiros na iniciativa. 

O projeto tem o objetivo de atualizar os profissionais nos canteiros de obras de Mato Grosso, requalificando quem já está no mercado de trabalho. Os escolhidos indicados pelas empresas tem perfil para a função e espírito de liderança e vão atuar diretamente na multiplicação do conhecimento para a qualificação de 500 trabalhadores da construção civil no Estado. Novas turmas serão lançadas em agosto, outubro e novembro. 

Para o técnico de edificações Francisco da Chagas, a construção civil foi um processo natural na sua vida, já que toda família atua no ramo. Ele conta que vê a qualificação como uma grande oportunidade. “Eu ainda quero chegar a engenheiro civil e sei que para isso preciso estudar bastante. Com essa oportunidade vou ter um crescimento profissional e tanto”, ressaltou ele, lembrando que já atua como orientador dos profissionais mais inexperientes na obra onde trabalha. 

Para a secretaria adjunta de Trabalho e Emprego da Setas, Ivone Rosset, a iniciativa é primordial para melhorar a qualidade e reduzir riscos para os trabalhadores da construção civil do Estado. 

“Uma das consequências diretas do projeto, além do conhecimento adquirido e da oportunidade de atualização profissional, é a possibilidade de redução dos índices de acidentes de trabalho. Conhecendo normativas, procedimentos obrigatórios e sabendo por que certas condutas devem ser adotadas o trabalhador também poder cobrar e atuar para que esses acidentes diminuam”, enfatizou a adjunta. 

O empresário Neigmar Ferreira Diniz, presidente da Comissão de Meio Ambiente do Sinduscon/MT, lembra que na virada das décadas de 70 e 80 algumas técnicas na construção civil tiveram que ser adaptadas pela da falta de mão de obra especializada no Estado. 

“O programa apresenta uma oportunidade ímpar na requalificação de mão de obra, uma vez que quando o funcionário chega com uma formação profissional insuficiente para o exercício da função a empresa tem que investir em sua capacitação. E gente qualificada no mercado de trabalho significa melhoria da qualidade do serviço e da produtividade”, destacou o dirigente. 

O curso terá carga horária de 18 horas/aula sendo 16 horas teóricas (Escola Senai) e 2 horas práticas (canteiro de obras). Cada empresa participante poderá indicar até dois participantes por turma. 

De acordo com a arquiteta Jocely Rosanna da Silva, supervisora de cursos da Escola Senai da Construção do Senai-MT, os multiplicadores terão seus respectivos multiplicadores técnicos, que são os instrutores do Senai/MT, considerados padrinhos no programa. 

“Os técnicos estarão em contato permanente com os multiplicadores-colaboradores e terão oportunidade de tirar dúvidas em relação ao conteúdo do programa em teoria e prática. O acompanhamento é extremamente importante para que não haja desvios no caminho da aprendizagem”, ressaltou. 

O projeto 

O Aprendendo a Construir é um projeto em nível nacional concebido pelo Senai. O projeto-piloto foi instituído há dois anos em Salvador (BA) até ser levado pela instituição para outros Estados. Em Mato Grosso, ele foi lançado no dia 13 de maio, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, na presença das entidades parceiras e sindicato de trabalhadores da construção civil. 

O projeto foi criado a partir de uma constatação no país: muitos trabalhadores da construção civil chegaram ao mercado apenas pelo conhecimento empírico, sem uma qualificação formal de nível técnico com certificação. Com a atualização profissional do trabalhador é possível melhorar a qualidade da mão de obra, a produção e a produtividade no canteiro de obras. 

Até o momento três empresas já aderiram ao projeto: Concremax, MRV e CX Construções. 

Os cursos que serão ofertados pelo projeto são: pedreiro de alvenaria, pedreiro de acabamento, armador em ferro e carpinteiro de obras. O projeto iniciou na capital e depois será levado até o interior do Estado. 

O projeto define um número de 25 alunos por canteiro de obras. Uma das características do curso em seu método de aprendizado é que além das aulas presenciais, quando o aluno-trabalhador não estiver em sala de aula terá tarefas pra fazer e ele mesmo definirá como vai estudar no tempo livre. Isso será possível com vídeos aulas e material didático impresso.Â