
  Imagem reprodução web 3l6f5c
      A decisão de Donald Trump, de impor novas restrições à s relações dos Estados Unidos com Cuba, é um preocupante sinal. Embora mantenha o reatamento feito por Barack Obama, seu antecessor, a idéia do presidente é impedir que os dólares americanos acabem rendendo lucro ao exército cubano, dono da maior parte da infraestrutura turÃstica da ilha. Os turistas americanos serão orientados a não utilizar os grandes hotéis e restaurares, hospedando-se em casas e fazendo as refeições em pequenos estabelecimentos, lá chamados “paladaresâ€, pertencentes a pequenos empresários. DifÃcil saber até onde a recomendação encontrará resultado, mas seu significado simbólico é certo. 2a6v48
           Outrora ponto turÃstico dos ianques, a ilha tornou-se área de tensão para todas as Américas a partir da sua tomada pela revolução de Fidel Castro em 1959. O governo soviético, enquanto existiu, apoiou a ditadura castrista e esta exportou sua revolução para a América Latina – inclusive o Brasil – e Ãfrica. Funcionou como um pêndulo na guerra fria, recebendo e treinando para a guerrilha os dissidentes dos paÃses governados pela direita. Na iminência da morte de Fidel e inexistência da União Soviética, Obama reabriu as relações EUA-Cuba, e agora Trump as restringe. Fica, assim, mais difÃcil a suspensão do embargo econômico imposto a Cuba em 1962 que, embora com menos rigor, ainda vigora.
           Cuba vem se preparando há anos para a sua reinserção à comunidade internacional. Tanto que paÃses governados pela esquerda, lá investiram. O Brasil de Lula e Dilma, por exemplo, fez o BNDES aplicar secretamente US$ 682 milhões no porto Mariel, uma transação hoje contestada, especialmente porque existem prioridades não atendidas em território nacional. Outros paÃses também colocaram dinheiro lá e hoje vêem aumentar a dificuldade de terem os frutos do investimento. Â
           Em dezembro de 1991, quando se desfez a União Soviética, pensava-se ter acabado a guerra fria. Mas agora, adas duas décadas e meia, os desencontros voltam a acontecer. Ocorreu até a inimaginável (em outras épocas) intromissão da Rússia nas eleições americanas, e Donald Trump age na contramão de tudo o que se construiu recentemente. Antes de descumprir o feito do antecessor, o mandatário norte-americano precisa compreender que o acordo é firmado pelo paÃs, não por seu governante, que o assina apenas como dirigente. O descumprimento gera a insegurança jurÃdica e constitui um mal irreparável à s relações internacionais…
Â
Â
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)Â
[email protected]Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Â
Dados do Autor:
Dirceu Cardoso Gonçalves - tenente-PM
RG nº 5.301.573-SP