Início Opinião A crise de estados e municÃpios GeralOpinião A crise de estados e municÃpios 601o55 Por Folha de Colíder - 18 de maio de 2016 73 0 FacebookTwitterPinterestWhatsApp            “Se as medidas de economia não forem cumpridas, corremos o risco de a partir de outubro faltar receita para pagamento dos servidores municipaisâ€. Esse alerta, publicado na imprensa pelo prefeito João Eduardo Barbosa Pacheco (PSDB), de Adamantina (SP), reflete a situação da maioria dos municÃpios brasileiros. Todos já cortaram despesas, parte deles não reajustou os salários do funcionalismo ou o fez em nÃvel menor que a inflação, alguns já atrasam os pagamentos e bem poucos vislumbram ter com que pagar seus compromissos até o final do exercÃcio, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. É o retrato da crise que, em efeito-dominó, se abate sobre a arrecadação da união, estados e municÃpios. 2d2k8               A mudança da equipe do Governo surge como esperança de mudança de uma polÃtica econômica que, além de esvaziar os cofres federais, trouxe instabilidade aos estaduais e municipais, impondo sofrimento à população que necessita de serviços públicos que lhes são devidos em troca dos tributos arrecadados. Padecem Saúde, Educação, Segurança Pública e áreas afins, ao mesmo tempo em que o desaquecimento da economia impõe dificuldades à s empresas e estas são obrigadas a demitir. Toda a gastança executada nos últimos anos, somada aos desvios de finalidade que o novo governo começa a encontrar, justificam parcialmente o estado de penúria em que se encontram as máquinas públicas. 1o4r3u        Os entes federados (estados e municÃpios), que não aguentam mais pagar os juros impostos pela polÃtica federal, pedem judicialmente a mudança de sistemática, que os livre de pagar juros sobre juros. Também tentam obter moratória de 12 meses para colocar a casa em ordem, obter alguma capitalização e voltar aos pagamentos. Técnicos do governo são contrários à negociação. 4y2619         Assim como as forças polÃticas concluÃram que o governo do Partido  dos Trabalhadores não reunia mais condições de istrar e o afastaram, é necessário encontrar uma forma sustentável de convivência econômica entre os entes federativos. Por ocasião do regime militar, o grosso da arrecadação foi transferido para a União e boa parte ficou com os estados. Ao municÃpio restou a condição de refém dos rees do federal Fundo de Participação dos MunicÃpÃos e das cotas-parte do estadual ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) que, pela retração econômica, sofreram ultimamente grandes quebras. Os prefeitos continuam com as obrigações a executar e, diferente do presidente e do governador, que estão distante nas capitais e protegidos por fortes esquemas de segurança, são cobrados diariamente pelos munÃcipes, com quem convivem. why           O novo governo, dito de reconstrução nacional, precisa lembrar que todos os impostos – federais, estaduais e municipais – são arrecadados no municÃpio e, pensando nisso, resolver a crise de distribuição de receitas a estados e municÃpios. Sem isso, o colapso será inevitável. União e Estado, apesar poderosos, são meras instâncias de ficção, pois só o MunicÃpio é ligado diretamente ao povo. 111z4s  Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) 5m175p [email protected]       1m6r3h