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    SuicÃdio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Profissionais médicos devem estar preparados para falar sobre o tema com seus pacientes. 5t5a5n
O suicÃdio acomete no mundo mais de 800 mil pessoas! Segundo a Organização Mundial de Saúde é a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos, perdendo apenas para a violência. No Brasil é a quarta causa de morte nessa mesma faixa etária. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico sobre suicÃdio, divulgado, em setembro de 2017, pelo Ministério da Saúde. q3g3d
Dr. Benito Lourenço, médico hebiatra do Instituto da Criança do HC-FMUSP e coordenador do Curso de Medicina do Adolescente do Centro de Apoio ao Ensino e Pesquisa em Pediatria (CAEPP), esclarece que é preciso muita atenção aos sinais, que muitas vezes podem ar imperceptÃveis, e alertou: “É importante destacar que o cérebro só termina de se formar aos 21 anos e que os jovens têm mais impulsividade, menor autocontrole e menor consciência crÃticaâ€.
Segundo o médico é fundamental estabelecer um diálogo aberto com jovens nas escolas, no ambiente familiar e, também, no consultório médico. “Nós, profissionais médicos que atendemos esse grupo, precisamos estar preparados para ouvir as queixas dessa faixa etária e perceber as nuances de comportamento desse nosso paciente, que pode estar fazendo uso exagerado do álcool e de drogas, por exemplo. Pode estar sofrendo crÃticas severas de seu grupoâ€.
Para que esse jovem se abra com o médico é preciso, antes de tudo, criar um ambiente de confiança, onde ele se sinta à vontade e seguro para se abrir com o profissional. “Não é uma tarefa simples. Estabelecer esse vÃnculo com esse paciente requer, antes de tudo, entender a complexidade pela qual ele está ando. É uma fase muito complexa de mudanças fÃsicas e psÃquicasâ€.
Muitos são os fatores de riscos como doenças mentais já diagnosticadas, uso excessivo de álcool e outras drogas, bullying, entre outras. Um alerta também são as repetidas tentativas. “O jovem que tentou uma vez tirar a própria vida, pode tentar novamente. É preciso ficar alerta e buscar ajudaâ€, alerta.
Fonte para a Imprensa
Dr. Benito Lourenço – Médico assistente da Unidade de Adolescentes do ICr-HCFMUSP e da ClÃnica de Adolescência do Santa Casa de São Paulo (Departamento de Pediatria da FCMSCSP). É membro do Departamento de Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).