
- Ana Cristina Campos – Enviada especial da Agência Brasil*
O presidente Michel Temer, durante encontro com empresários brasileiros do conselho empresarial do Brics –Beto Barata/PR t2b18
 Ao discursar hoje (4) na abertura da 9ª cúpula dos chefes de Estado e de Governo do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Ãndia, China e Ãfrica do Sul, na cidade chinesa de Xiamen, o presidente Michel Temer voltou a defender a proposta brasileira de criação do Fórum de Inteligência do Brics para combate ao terrorismo. 59o53
“Não podemos nos acomodar diante da persistente ameaça do terrorismo, à qual nenhum de nossos paÃses está imune. Esse é tema que exige de todos a ação crescentemente coordenada. Permito-me, aqui, retomar proposta brasileira de criação do Fórum de Inteligência do Brics. Seria contribuição adicional para nossos esforços concentrados de prevenção de atos terroristasâ€, disse.
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               O presidente Michel Temer na foto oficial do fórum empresarial do Brics –Rogério Melo/PR 661h49
         Temer também destacou a necessidade de criação de um mecanismo de troca de informações entre as agências de inteligência dos cinco membros do grupo. “Em um mundo cada vez mais interconectado, é fundamental unir esforços para enfrentar desafios que transcendem fronteirasâ€, acrescentou.
O presidente brasileiro manifestou preocupação com os recentes testes nucleares norte-coreanos. Ontem (3), a Coreia do Norte anunciou que fez um teste bem-sucedido com uma bomba de hidrogênio.
“Os episódios dos últimos dias dão concretude a temores que parecem ter ficado nos livros de história. Hoje, [é importante] encontrar saÃda diplomática para a situação tão grave. Em perspectiva mais abrangente e de mais longo prazo, o desarmamento nuclear é a garantia mais eficaz contra a proliferação. O Brasil esteve na origem do Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares, adotado em julho. emos o instrumento ainda este mês, em Nova York. Trata-se de mais uma conquista real do multilateralismoâ€, afirmou.
Em seu discurso, Temer ainda citou a preocupação com a situação venezuelana. “Acompanhamos de perto o quadro polÃtico, econômico e social da Venezuela. A escassez de comida, remédios e outros itens básicos provoca drásticas consequências. A situação é de instabilidade e de crise humanitária. É crescente o fluxo de migrantes e refugiados que chegam ao Brasil e a outros paÃses vizinhos. Confiamos em uma solução pacÃfica para a crise, com pleno respeito à soberania venezuelanaâ€, completou.
*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe