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   Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP) 48566p
     Nesta quarta-feira, 29 de junho, foi aprovada a “Declaração de BrasÃlia contra a corrupçãoâ€. O documento, que lista 14 medidas que devem subsidiar a atuação do sistema de justiça no combate à corrupção, foi divulgado no fim do seminário “Grandes casos criminais: experiências italiana e perspectivas do Brasilâ€.
            O evento reuniu, durante três dias, em BrasÃlia, autoridades brasileiras e italianas que discutiram e relataram ações realizadas e dificuldades enfrentadas em grandes casos criminais, como as Operações Lava Jato e Mãos Limpas.
         Entre as medidas, defendeu-se o fortalecimento do princÃpio acusatório no processo penal brasileiro para permitir que juÃzes e membros do Ministério Público garantam os direitos de acusados, vÃtimas e sociedade.
          Além disso, a declaração repudia as tentativas de modificar a legislação que regula os acordos de colaboração premiada, “para impedir que acusados privados de liberdade colaborem com a Justiça, como legÃtima estratégia de defesa e como forma de reduzir suas penas ou de melhorar suas situações carceráriasâ€.
          Outra iniciativa da declaração é a que aponta a necessidade de se ampliar os limites da justiça penal pactuada no processo penal e no processo civil brasileiros, “a exemplo do que já ocorre com os acordos de colaboração premiada e os acordos de leniência. Acordos penais (plea bargain) entre Ministério Público e defesa, sob estrito controle judicial, devem ser permitidos pela legislaçãoâ€.
         Por sua vez, deve ser incentivada a constituição de forças-tarefa institucionais e interinstitucionais e a criação de equipes conjuntas de investigação (t investigative teams), de forma a permitir o intercâmbio de informações processuais e de segurança pública entre órgãos de persecução criminal e agências de inteligência.
          A declaração demonstra a preocupação em relação aos movimentos que tentam modificar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que ou a itir a execução penal da sentença condenatória após o trânsito em julgado em segunda instância.
           Por fim, o documento destaca que a sociedade brasileira espera que o Congresso Nacional discuta, aperfeiçoe, se necessário, e aprove o mais rápido possÃvel, as dez medidas contra a corrupção, propostas pela sociedade, e que originaram projetos de lei “essenciais para consolidar os avanços da polÃtica brasileira de prevenção e repressão à corrupção e a outros delitos gravesâ€.
LEIA NA ÃNTEGRA A DECLARAÇÃO
Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).